Provocante ele a devora.
Suga a doçura das suas chamas
E saboreia sua áurea quente.
Ela delira entregando-se ao toque
E ao suspiro morno que recai
abaixo do seu umbigo.
Treme, uma inquietação lhe corroendo a alma
Morde seu travesseiro
Ele gosta de sua visão torturada
Provoca-a ainda mais
Usando os dentes e acertando lugares que ela
Não imaginava ser sensível.
Ele a devora, ignora os seus pedidos de ajuda
Provocando uma morte que ela quer,
Mas se render a ela é quase inevitável
Sua mente luta
Seu corpo não responde sua razão
E então tudo se separa
Seus ossos de seus músculos
Sua alma parece liquida
Sem forma
Sem tons
Mas as nuvens de sua respiração
ofegante a fazem voltar
Ao mundo real
E então satisfeito ele percebe
Ser a sua vez de morrer de amor...
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