“Tive vontade de sentar na calçada da rua augusta e chorar, mas preferi entrar numa livraria, comprar um caderno lindo e anotar sonhos”
(Caio Fernando Abreu)
Eu não sei quanto ao seu coração, mas o meu sente uma saudade real e desesperada que busca em detalhes mínimos a soma do amor que amadurece, desses amores que fazem as histórias de amores serem lidas, relidas e espalhadas. Eu não sei quanto a sua boca, mas a minha não me permitiu dormir essa noite, amarga ela me deixou inquieta, pensando nas possibilidades das doçuras dos seus beijos, pensando igualmente nessa saudade espalhada que se espelha em tudo em meu mundo, inclusive nas coisas que você não tocou. Eu sei é tolice e já que eu não sei quanto aos seus ouvidos, mas sei sobre dos meus sobre a ansiedade de ter o som da sua voz contando-me as histórias da sua vida, suas alegrias e cicatrizes marcadas por todas as chuvas que o seu céu derramou.
Será que alguma tempestade de areia cruzou o deserto que só havia eu e tirou-me a força dos teus pensamentos? Rios te invadiram as faces que antes sorriam involuntárias por sentir-se embriagado pelo meu olhar? Terremoto te derrubou do peito de quem bebeu teus beijos e comeu das tuas caricias? Que catástrofe o fez deixar-me sozinha aqui pela distância de 24 horas?
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