Nada de impérios


Eu não tenho a vida inteira


pra esperar o trem passar


Nem possuo a paciência


de navegar um oceano...



Ou é já


Ou passa fora...


Tem muita gente do lado de lá


e de cá tem mais ainda...


Minhas vontades


não esperam o império


dos teus desejos...


O meu futuro


eu começo agora...


Queres me acompanhar?


Abandonas o medo...


Mas se te acompanhas de dúvidas


esqueça-me...


viras logo ai a direita...


Eu sigo só, na contra-mão...


 

Acorda-me desse pesadelo outra vez...?


Acorda-me desse pesadelo
outra vez...?


não quero nunca mais sentir o q senti hoje....

Essa sensação
de nunca mais poder te ter...


Desse pesadelo
quase perco o cântico
do oceano...
Vi o mundo
ruir com o Saará em gelo

Acorda-me desse pesadelo
outra vez...?


Nunca mais quero acordar com
essa duvida entre meus
lábios...
de ver vc partir com o outono

De saber q eu não viverei metade
do inverno sem a esperança
de ter o meu verão...

Acorda-me desse pesadelo
outra vez...?

Não diga...nada...

Apenas me traga para
essa nossa imensa realidade
em q só o q nos separa
é o espaço
de tempo reservado para
o descanso depois do amor...

Acorda-me desse pesadelo
outra vez...?

K.Martins
 

Sinto meus olhos

procurarem

o som

do meu coração

q esta calado


cansado do silencio...


O silêncio dessa espera


Meus olhos

procuram o carinho...

do mesmo desejo

daquele nosso beijo...


Aquele beijo

que me tocou em um sonho...


Meus olhos procuram

o caminho da rota

perdida

na fuga dessa rotina

de só mendigar

antenção...


Será que só vc não

percebe

o que os meus olhos

tanto procuram nos teus?


quero ler

em seus gestos

as palavras do amor...


chega de eu estar só

e só ouvir

da minha boca eu te amo


num som refratado

sem eco...


Percebe meu amor

o que os meus olhos

procuram


antes que eles se cansem dos teus...


E me deixem cega

para o som do seu coração



o meu coração ja bate calado...





 

Numa Canção o Final é da Melodia


Numa dança

entre o brilho do sol

e vasta luminosidade

da lua...


Numa crença

de q o ontem

vai voltar...


Numa canção

uma lágrima

segue o caminho

q vai do horizonte

dos olhos

a vertical do chão...


Numa palavra

a ilusão é novamente

perdida

a solidão embalada

o medo configurado

em nunca parar...


Numa emoção

sem ser sentida...

Numa mentira...

Numa nova armadilha...


Num sentido programado...

pra ter o riso

no lugar errado...


Numa fome

que consome o ser

de tanto consumir a si...


e ainda sim...

Viver não vale quase

nada...

Um amanhã

que só existe

a custa da morte de um hoje...


Numa canção

o final é da melodia...