Acredito nas primaveras floridas que só o seu olhar
entrega as minhas desventuras de solidão
Sua voz é minha esperança remanescente
é o meu algoz e me inflige força
e me critica os dias da ilusão de sobreviver
um segundo a mais após um outro que eu morri
em grandes termos espaçados..
Verões resgatados em meio ao gelo frio
da correria do tempo que eu deixei perdido a passar
por entre os fios finos do meu cabelo azul.
foi o teu relâmpago
a causa do retorno do sol
por mais curto que o dia fosse e por mais longo
que o silêncio da morte no anoitecer tenha superado
os versos, eu vivi um momento graças a você
No Outono não haviam mais esperanças e as murchas
alegrias floridas permanecem em cinza cálido
esquecidas no vão das lembranças que esperavam adormecidas
um tempo que colocasse as estações em ordem
Havia fogo no inverno seco e sem lua
fogo que o vento trazia do leste e subia
serpenteando nas brisas
consumindo o que não foi ..
perdendo o futuro
caindo
para encontrar outra vez
as primaveras floridas do teu olhar
que me traziam algo aquém da calma
algo que assim poderia se chamar até de amor...
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