Passa. Passam as esperas, os eclipses da lua nas janelas, passam os medos, os cortes de vidro quebrado entre os dedos. Passa.
Passa. Ilusões perdidas, vendidas, trocadas por um sonho que passa o inverno para as somas do abandono e passa. O tempo passa e recobre o verão com sombras nascentes sempre risonhas entre perenes serpentes que mordem, envenenam e somem. Passa a vida. Passam-se as alegrias... e um dia num semestre de retorno do sol o tempo continua a passar, queimando e derretendo o que se prendeu com raízes fortes, rezando para nunca acabar.
Mas passa, não é? E passa pra que ?
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