Sobre “O Seminarista” de Bernardo Guimarães:
Sou o apaixonado desesperado,
Miserável, com uma alma corroída e sombria
Onde por alguns momentos se perdem os ecos de dor
Onde por alguns minutos não se exala o perfume da saudade
Nem se nota qualquer reflexo de esperança...
Eugênio sou.
Sou a abandonada, entregue às angústias da saudade
Como flor mimosa morta pela impiedosa força
Do sol abrasador...
Aquela que não vendo outra solução para si, senão a morte
Abandona-se indefesa, expondo seu coração ao abutre esquivo
Do amor não correspondido...
Margarida sou.
Da história penosa
Sou quem não foi embora
Sou quem não ficou
Sou eu as duas almas tristes
Retidas e incompatíveis
Que no fim a morte carregou.
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