Os textos a seguir foram escritos por mim.


Dias passados, talvez com um

sabor de desencanto...


A data de alguns segue como título...


Fica registrado aqui, portanto,

não apenas a pessoa que me transformo a cada novo

texto...mas também aquela que já fui...


Kelly Martins
 

15/09/2007

Até a solidão me abandonou,
ela que foi minha única companheira,
diante de todos os meus fracassos
desistiu de mim!

Perdi o horizonte
o sol se pôs
e a escuridão tomou conta de mim,
mas também ela não
quiz ficar comigo
cerrou meus olhos
em um sono profundo...

Naa me resta,
nem saudade, nem amargura,
não há amor nem solidão

Sou folha em branco
que nada pode riscar
uma luz transparente
 

22/04/2006

Quando foi que me perdi de mim?
Quando deixei que o inconstante
roubasse o pouco que me restava?
Eu já era tão pequena
o minimo insignificante do nada
Agora, sou o zero que nem mesmo
a esquerda considerou...

Escrever o que?
Só posso relatar que o pior
de todos os castigos é
essa vida torta e maldita que me
acompanha até em alucinações...

Respirar o que?
Se a felicidade dos que
sonham(ilusão)
não faz questão de me
dopar nem mesmo um segundo...

Ah, um segundo...
aquele que ainda vem...
e há ainda o que vem após este e o próximo...
Sempre haverá mais um...
Maldito segundo
é mais um infortunio...
 

25/01/2006

Quem teve o azar
a vida ou eu?
Eu por ter essa vida?
ou a vida por ter que me ter?

Será que a morte
teria um beijo pra mim?
Talvez um dia eu acorde
em estado louco
sem fim...

Um dia nem o sol
nem o espelho
nem mesmo o papel
sentiria minha ausência

Um racionamento de mim
E uma voz que não cantará em sua ensência
e fim...
 

2501/2006

Quando generosamente
me diz que irá partir
sua intenção é tão epítome
vive a me querer chorosamente torturada!

Quer que eu veja que te necessito,
Mas não enxergar comigo
a necessitade de
não precisar de ti...

Foi você que deixou o meu canto a sangrar
que ritmou meus versos em vazio
Destroçou minha alma
me jogou ao frio

Quer ir?
Vá!

Solidão eu já tenho...
Deixe apenas saudade!!!
 

25/01/2006

Fica tão díficil respirar...
Nessa inquietude
Na vã tortura do seu olhar...
Vã porque você esta em mim,
mesmo que me odeio
ou não me ame...
Te amei mais que tudo,
Te quis
Te emplorei
Até chorei quando me
deixavas só...
Sofri tanto
que jamais quiz fazer
arte em outro plano

Esvasiei-me por capricho
Porque quiz ter contigo
algo que a vida me negou

Sufoquei todas as sequelas
que suas palavras funestas
arnastrara-me debruçando sobre mim
sofrimento e solidão

Minha voz só,
repercutiu em eco...
Eco vazio
Frio...
Sem respostas
Sem alegria e vida
Só em solidão...
 

24/01/2006

O que seria da minha alma
se eu te perdoasse?
Não haveria orgulho...
E minha alma ainda assim
ficaria no escuro...

Se só o sol em seu
crepusculo
Te ver tão só
Te ver no escuro...

Estar consciente de te amar
e odiar tudo que você faz...

Amar-te? Odiar-te?
Esquecer-te?

Como posso ser só eu?
Se meu eu depende
de ser um pouco de você?

É essa mania de você
de mim...
É por amar-te que peço:
_deixa de lado incerto...e fica comigo...
 

Sem Data

Não importa o que falem de mim. Encomoda-me o fato de não poder respirar ao meio de tantas críticas. Faço muita força, mas sei que sou mais forte e me sobresaio...
Cada um deles esta tão acostumado a ver apenas o defeito dos outros que mal percebem que são tão vuneráveis quanto uma formiga...
Não preciso que me abram os olhos para meus defeitos, meu silêncio e vossas críticas já o fizeram a chãos...Mas meus defeitos me fortalecem, pois a maioria me faz feliz.
Nunca me disseram , nem mesmo uma vez, que desejavam que eu vencesse...Como jugam-se no poder de me julgar? Só agora querem me ajudar?
Sinceramente nessa eu não irei sucumbir!

Quem não se fez presente no passado
Não possui direitos no meu presente.
 

05/01/2005

Ao escrever só procuro ter o lápis e o papel.
Sem a borracha não posso apagar nada.
Tudo fica registrado..."certinhos" como foram pensados.

Também o papel não será destruido e nem o
lápis castigado...

Não tenho borracha...As joguei todas fora! Não quero
que nada se apague...
 

15/01/2005

Acreditar que a vida se baseia em princípios de amor, amizade e esperança é tolice. Os sentimentos são apenas desculpas para amenizar a realidade de que ninguém nesse mundo é verdadeiro e correto. Somos só aparência! A raça humana é só aparência.
 



Wanted-moi dans vos paroles et je manquer vos questions ... Vos yeux ne sont plus l'esprit depuis si longtemps ... Je comprends votre demi sourire toute la vérité ... Les rêves que buscavamos qui a eu destinations les chemins ne comprennent pas plus ... Nous sommes des âmes à côté de l'autre la vie est si loin fins que près de moyens contradictoires ... Et oui Je veux que vous le plus de monde Et oui J'ai perdu à la grêle Brown de l'inconscience ... Ne dépendent pas de moi seul ... Mais je ne suis préparé d'aller de notre monde ... K. Martins
 

Zé Brasil e Eu
p.s. a data não estava configurada
essa foto foi em 22/11/2008
Teresina Piauí
 

Charles e Eu
 

Luto


Luto,
Sr. Gilberto
A saudade que sentimos é imensa
Esperamos que onde
quer que o
Sr
Esteja
guarde a lembraça
desses jovens
calypseiros
que te guardam em
nossos corações!!!
Kelly Martins
 

O Cheiro de Dezembro

Existem coisas que o tempo não apaga mesmo. O natal, desde minha infância, sempre foi um momento mágico. Nunca acreditei que Papai Noel existisse, mas desde cedo compreendi seu espírito, sua significação... Minha doce melodia de menina me fazia gravar as coisas pelo cheiro, pela delicadeza do tocar, do sentir, ouvir e ver... Lembro-me de canções em que umas pequenas frases me fizeram gravar na mente paisagens, momentos, pessoas ou lugares...



Todos os anos, na véspera de natal, minha família materna se reúne, é um dos momentos em que vemos parentes que moram longe e parentes vizinhos que pela carga da vida moderna não dedicamos o tempo devido. Quando criança o momento me dedicava enorme admiração, acreditava que se pudesse sentir alguma segurança familiar aquele era seu ponto máximo.


Recebia presentes como quem recebia uma declaração de amor infinito, a magia estava nas vozes, no som da alegria, nas brincadeiras, no cheiro da comida caseira, no toque das roupas novas, nos abraços e beijos que eu sentia e via trocar...



E dezembro chegava todos os anos, era só dezembro chegar e até mesmo a imponência do Sol de Teresina se aquietava, o tempo mudava em dezembro, o cheiro de dezembro era tão romântico que eu podia sentir o gosto... Tinha cheiro de férias, de alegria, de Natal...

E todo o ano Dezembro chegava e trazia janeiro, esse mantinha o cheiro de dezembro, mas agora com um gosto de inovação, cheiro de caderno novo branquinho, como se o dezembro que me aguardasse fosse ser diferente, fosse ser ainda melhor...



O tempo passou. A menina cresceu. Agora envolvida com a carga da vida moderna nem percebe os meses passarem. Parece que não existem mais feriados importantes e cada mês é tão igual como um fevereiro rápido... Os dias se arrastam, mas o tempo passa tão rápido que já nem percebo o mês natalino...

Essa manhã, enquanto banhava, a menina voltou. Senti-me envolvida outra vez pelo cheiro de madeira molhada, pelo doce aroma de dezembro. Fitei a porta entre aberta do banheiro, mas o cheiro parecia não vir de lá. Percorri a casa buscando o aroma, quando me dei conta, diante do espelho, que ele havia ido embora.



Onde buscá-lo? Nesse natal o que eu mais quero ganhar é sentir essa sensação outra vez... A sensação de uma menina que espera para ganhar um brinquedo novo, para brincar com as primas, e para sentir o embalar do cheiro de dezembro...

Kelly Martins (21/11/2008)
 

Criatura indecifrável
busco obras
que me procurem...

Busco coisas
que meu coração
não possa sonhar
previamente...

Sou de uma arte,
uma luz que não
se tem...

Quero acordar
com um sol louco
batendo nas flechas
do anoitecer

Não penso em qual
seria a melhor solução,
mas me apresento
ao melhor problema...

Sou assim
Criatura indecifrável
um vento
inconstante...

Minha luz sabe o meu caminho...
eu só sei segui-la...